
O maior receio das mulheres em receber Terapia Hormonal na Menopausa reside na possibilidade de desenvolver câncer de mama. De acordo com uma metanálise envolvendo 2,5 milhões de mulheres, um aumento de peso maior que 5 kg/m2 no Índice de massa corpóral (IMC) associa-se a um incremento de 12% na incidência da doença. Um ganho de peso entre os 30-40 anos de idade, principalmente na perimenopausa, aumenta o risco de câncer de mama. A obesidade oferece maior perigo que a reposição hormonal na incidência do câncer de mama. As doença cardiovascular é a maior causa de mortalidade na mulher menopausada não tratada com reposição estrogênica. O receio de ganhar peso com a reposição hormonal constitui uma das maiores causas de má aderência e abandono da THM. Entretanto, a maioria dos estudos mostra o contrário: as usuárias ganham menos peso e gordura corporal que as não usuárias. O Instituto Cochrane, em revisão sistemática em 2002 e atualizada em 2010, envolvendo 90 estudos, concluiu que não existem evidências de que a THM com estrógeno isolado ou combinado progestágeno acarrete modificação no peso corporal, indicando que esses regimes não causam ganho extra de peso em adição ao ganho observado na menopausa. Não existem pesquisas subsequentes modificando essa conclusão, Os efeitos da terapia estrogênica no IMC são variáveis, mas a grande maioria dos estudos controlados mostra uma redução na adiposidade central. Já é bem estabelecido que a THM é a terapia mais efetiva para os sintomas menopausais e atrofia urogenital. Mulheres obesas mais propensas a complicações, principalmente, quando, além do excesso de peso, possuem outros fatores de risco como: diabetes mellitus, tabagismo, hipertensão e dislipidemia. A THM deve ser individualizada, avaliando-se os riscos para cada caso no que diz respeito ao dose, via de administração e a duração da reposição.