
A meta do Ministério da Saúde é vacinar cerca de 50 milhões de pessoas em 2014, dentre as quais os “pacientes diabéticos”.
Começou a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, e esta prevista para encerrar no dia 9 de maio. Muitos serviços de saúde e mesmo endocrinologistas desconhecem, não dão a devida importância, ou esquecem de orientar seus pacientes quanto a importância da vacinação contra a gripe. A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda a vacinação anual contra Influenza em todos os pacientes diabéticos a partir dos 6 meses de idade. A vacina pneumocócica (anti pneumonia) também deve ser aplicada em adultos diabéticos com mais de 64 anos, a cada 5 anos. A gripe, apesar de ser uma infecção do trato respiratório bastante comum pode trazer complicações como a pneumonia. As respostas imunes diminuídas nestes pacientes podem predispor aos efeitos diretos e indiretos da gripe, incluindo infecção bacteriana secundária. A gripe pode desestabilizar o controle do diabetes, provocando a hospitalização por uma série de complicações.
Em estudos controlados, a vacina reduziu a internação de pacientes relacionados ao diabetes em até 79% durante epidemia de gripe. Pessoas diabéticas também podem ter um risco aumentado de contrair a pneumonia. Com a receita e o cartão de vacinação em mãos, o paciente se dirige a rede pública de saúde ou é encaminhado para uma clínica de vacinação privada para fazer a imunização. As vacinas são intramusculares, praticamente indolores, e imunizam 3 tipos de vírus: Influenza A (H1N1) da gripe suína, A (H3N2) e B. Na presença de febre, doenças agudas, ou descompensação do diabetes, a imunização fica a critério do médico assistente. Quanto às reações da vacina, deverá monitorar a glicemia com mais atenção e não suspender o seu tratamento no dia da vacinação. É comum o receio de contrair a gripe em função da imunização, mas a vacina não causa a gripe, ela é justamente para proteger o indivíduo. A duração da imunização é de cerca de seis meses. Por isso é importante que a imunização aconteça dois meses antes da época de frio, quando a epidemia começa. Depois de seis meses, os níveis de anticorpos começam a declinar. Na presença da infecção, é importante esclarecer os pacientes quanto aos sintomas da gripe, quanto aos cuidados básicos de repouso, alimentação e hidratação, e principalmente quanto a auto medicação. As restrições são as pastilhas efervescestes e os xaropes que contem açúcar. Enfatizar a eventual necessidade de ajustar as doses de insulina, lembrando que existem medicamentos que podem elevar a glicemia (com suas respectivas complicações), assim como os que podem diminuí-la. Paralelo à alimentação, o cuidado com os exercícios físicos é fundamental.
Pode ser necessário que o paciente deixe de fazer atividades físicas no período da gripe. Uma vez recuperado, o ideal é voltar para a mesma atividade, no mesmo horário de costume. O procedimento mais indicado é atacar a causa e não os sintomas. Por isso, é importante atentar para a qualidade de vida dos nossos pacientes.