
10 Mitos e verdades sobre as doenças da tireoide
1) Hipotireoidismo engorda bastante
Mito: Sabemos que o hipotireoidismo pode causar um declínio no metabolismo humano, entretanto isto pode acarretar apenas um pequeno ganho de peso, de no máximo 2 a 3 kg, que são revertidos com o tratamento. Desta forma, não podemos atribuir grandes ganhos de peso ao hipotireoidismo. Além disso, muito do que se percebe na balança é em decorrência do acúmulo de líquidos (inchaço).
2) Hipotireoidismo pode fazer queda de cabelo e fragilidade das unhas
Verdade: Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem ser causas de queda de cabelo, pois interferem no ciclo do pêlo. Estas alterações da tireoide podem ser diagnosticadas através de exames laboratoriais. O tratamento correto das doenças da tireoide pode corrigir a perda capilar.
3) Hipotireoidismo pode causar inchaço
Verdade: a deficiência do hormônio tireoidiano pode causar a retenção de sal e água ocasionando o edema (inchaço) sobretudo abaixo dos olhos e nas pernas
4) Hipotireoidismo só surge em mulheres e idosos
Mito: Embora as doenças tireoidianas sejam mais comuns em mulheres, o hipotireoidismo pode acontecer em qualquer indivíduo, independente do sexo ou idade. Entretanto algumas pessoas são mais vulneráveis a desenvolver hipotireoidismo (grupo de risco):
· Mulheres, especialmente acima de 40 anos
· Pacientes que já tiveram problemas de tireoide no passado
· Pessoas com parentes com hipotireoidismo, ou portadores de doenças autoimunes
· Pessoas com doenças autoimunes (Diabetes tipo 1, artrite reumatoide, Lúpus, Miastenia Gravis, Addison, Vitiligo, etc)
· Homens acima de 65 anos
· Pacientes que receberam radioterapia para tratar tumores na cabeça e pescoço
5) Tomar hormônio tireoidiano é bom para emagrecer.
Mito: Isto é absolutamente contraindicado, primeiro a pessoa perde calorias derivadas dos músculos e só depois é que são consumidas as reservas de gordura. Isso significa que antes de eliminar a barriga, há uma redução da musculatura, o que leva à perda da força e à flacidez. Pior ainda é que o excesso de hormônios acelera a reabsorção do cálcio do osso, o que leva ao enfraquecimento do esqueleto, além de arritmias que podem ser até fatais.
6)Hipotireoidismo pode causar problemas sexuais
Verdade: A doença pode causar diminuição da libido, impotência e diminuição na quantidade de espermatozoides ou da ovulação. Além disso, pode desregular a menstruação, modificando o ciclo e aumentando o volume de sangramento.
7) Mulheres com hipotireoidismo não podem engravidar
Mito: De fato as pacientes sem diagnóstico de hipotireoidismo podem apresentar redução da fertilidade, entretanto as pacientes com hipotireoidismo em tratamento e está controlando a doença possui as mesmas chances de engravidar e ter uma gestação saudável do que as mulheres que não tem a doença.
8) O hipotireoidismo pode ser detectado pelo teste do pezinho?
Verdade: Retira-se uma gota de sangue do pé do bebê no terceiro dia de vida. O exame ajuda a verificar se a tireoide do bebê está funcionando bem, além de atestar a ocorrência de outras doenças. Se o hipotireoidismo congênito for controlado de forma adequada e precocemente, a criança leva uma vida normal.
9) Todo nódulo de tireoide é câncer.
Mito: O principal sinal do câncer de tireoide é um caroço (nódulo) na tireoide, porém em boa parte dos casos, esse tumor não apresenta qualquer sintoma. É comum o médico descobrir o nódulo durante um exame físico de rotina. O diagnóstico do câncer de tireoide é feito com uma biópsia do nódulo de tireoide ou após sua remoção por cirurgia. Mas a maioria dos nódulos é benigna.
Estima-se que 60% da população brasileira tenham nódulos na tireoide em algum momento da vida, sendo que a maioria dos nódulos é benigna.
10) Todas as pessoas devem fazer ultrassonografia para ver se possuem nódulos na tireoide
Mito: Diferente de outras doenças que são recomendados screening universal, no caso das doenças tireoidianas apenas após avaliação clínica, exame físico e exame laboratorial o médico irá solicitar ultrassonografia para os casos indicado. Fonte: SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia.